segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PREFEITA DE SÃO JOÃO DA BARRA VAI PARA O ENFRENTAMENTO

Carla Machado faz representação em Brasília e vai para enfrentamento

Fotos: Ururau / Arquivo
Prefeita de SJB esquenta polêmica de sua prisão pela Polícia Federal
Prefeita de SJB esquenta polêmica de sua prisão pela Polícia Federal
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A prisão da prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PMDB), ocorrida no dia 02 de outubro, cinco dias antes da realização do pleito municipal, ganhou novo capítulo neste domingo (28/10), quando a prefeita fez uma postagem em um site de relacionamento, relatando de forma contundente sua posição sobre esse grave fato político, onde ataca diretamente o delegado titular da Polícia Federal, doutor Paulo Cassiano e o deputado federal Anthony Garotinho, e destaca a ida a Brasília na última semana onde esteve em audiência com o ministro José Eduardo Cardoso, a quem apresentou todas as informações e de quem teria recebido a recomendação para protocolar junto ao Ministério Público, o que fez nesta sexta-feira (26/10).
Na postagem que pode ser conferida na íntegra abaixo, a prefeita de SJB faz declarações como a de que o Delegado de Campos seria orientado por Garotinho e que a operação denominada “Machadada”, seria operação “Palanque”. Carla Machado diz de forma bem clara demonstrando que vai verdadeiramente para o enfrentamento, que o delegado, que viria realizando ações arbitrárias frente a Delegacia de Campos, além de voltar a destacar que o fato de ser presa vinha sendo anunciado pela oposição desde junho.
Sobre a operação a prefeita classificou, entre outras coisas, como absurda, ilegal e patética.
Por telefone, Carla Machado disse ao Site Ururau que nesta postagem, que afirmou ainda ser a primeira de uma série, apenas falou do comportamento ‘arbitrário’ do Delegado, na véspera das eleições. “Vou dar sequência com outras informações. Na gravação feita pela Polícia Federal foram divulgados apenas os trechos de interesse e retirado, por exemplo, a negativa do Tribunal Regional Eleitoral sobre o pedido da minha prisão. Nunca comprei voto e nunca comprei ninguém. Foram divulgados apenas trechos de interesse do delegado”, disse Carla Machado.
Perguntada sobre a possibilidade de Neco, candidato eleito a prefeitura de São João da Barra, não assumir o cargo, diante das denúncias de compra de voto e formação de quadrilha, Carla disse: “Chororô de perdedor, porque não existe formação de quadrilha e nem inelegilibilidade”.
A equipe de reportagem tentou contato, via telefone, com o deputado Garotinho, mas não obteve êxito.  
PAULO CASSIANO: “EU NUNCA VI GAROTINHO, NÓS NUNCA NOS FALAMOS”
Em entrevista concedida ao Site Ururau e à Band FM no dia 06 de outubro, véspera da eleição, o delegado Paulo Cassiano reforçou sua posição diante dos questionamentos apresentados pela Prefeita e seus advogados, e mais, voltou a afirmar o que já havia dito em coletiva no dia seguinte da operação: “Todo tratamento dado a ela foi dado como a qualquer outro criminoso”.

NA ÍNTEGRA ENTREVISTA CONCEDIDA AO SITE URURAU
POSTAGEM DA PREFEITA CARLA MACHADO NO FACEBOOKO Delegado Chefe da Polícia Federal em Campos, o Dr. Paulo Cassiano, engajou-se de corpo e alma no processo político eleitoral em São João da Barra. O histórico de arbitrariedades praticadas pelo Delegado, possivelmente sob orientação do Deputado Federal Anthony Garotinho, começou no período de convenções para escolha dos candidatos às eleições municipais, 15 de junho, quando sem mandado judicial, a PF estacionou viatura em frente ao almoxarifado da Secretaria de Saúde, tendo sido um criado um estardalhaço na cidade que foi amplamente divulgado pela imprensa. Vale relembrar, que à época, o Delegado falou para o nosso procurador Dr. Rui, que a denúncia partira de uma empresa e após, em entrevista a imprensa, disse que a denúncia havia sido da oposição liderada por Anthony Garotinho. Os vereadores oposicionistas na ocasião, apresentaram uma Moção de Aplausos ao Delegado pela operação, o que foi na verdade, uma mera apreensão de amostras de remédios, numa visita feita por agentes da PF a convite do nosso Procurador, o que foi REPROVADO na ocasião pela maioria dos vereadores, pela percepção de que era um fato com o propósito de afetar a minha imagem e com isso prejudicar a disputa eleitoral. Seguindo com a sua perseguição política, no dia 30 de junho, 15 dias após o ocorrido, na convençao do PR, como um ADIVINHADOR, ou talvez, por ter INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA, o destemperado e belicoso Deputado Federal Garotinho, como um oráculo após falar que eu andava soberba com os meus índices de popularidade e que estava sonhando acordada, disse que havia uma quadrilha instalada em São João da Barra chefiada por mim e, que antes que a eleição terminasse, haveria a minha prisão, como também de um grupo grande de pessoas ligadas a mim, conforme ocorreu, às vésperas da eleição, na linha da pseudopremonição do Deputado Garotinho.Convém, ainda que en passant, que todas as peripécias até aqui relatadas, produziram uma pesquisa, divulgada logo após a operação-palanque do Delegado, na qual, segundo seus dados inverossímeis, NÃO CONFIRMADOS NAS URNAS, que eu havia despencado na avaliação da população e que o Neco havia sofrido abrupta queda nas intenções de votos. Na consecução do plano diabólico engedrado, em cumprimento da "profecia" anunciada na convenção, no dia 25 de setembro, a Delegacia da PF, onde o Dr.Paulo Cassiano é CHEFE, através de um Delegado subordinado, formula um PEDIDO DE PRISÃO TEMPORÁRIA minha e de Alexandre Rosa, sob o pueril fundamento da existência de uma quadrilha, o que pretendia apenas materializar a "PROFECIA", externada pelo Deputado Garotinho, adequando a "premonição ao fato", como "a mão à luva", na expressão Machadeana. É ÓBVIO que esse pedido de prisão temporária era apenas o coroamento da ação espúria orquestrada, que se obtivesse o seu DEFERIMENTO, estaria oferecendo essa prisão, como verdadeira oferenda a seu mentor; mas como esta pretensão de prisão temporária era ABSURDA, ILEGAL, PATÉTICA, razão pela qual foi INDEFERIDA pelo JUIZ Leonardo Antonelli, que a considerou totalmente DESNECESSÁRIA. No dia 02 de outubro, o Delegado tomou CIÊNCIA PESSOAL do indeferimento do pedido de prisão temporária e que não havia conseguido ludibriar o juiz relator do feito, e NESTE MESMO DIA, determinou a subordinados seus, que procedessem a PRISÃO EM FLAGRANTE minha e de ALEXANDRE, justamente pelo mesmo crime de quadrilha em razão do qual, havia formulado os pedidos de prisão que haviam sidos indeferidos pelo juiz. Se até aqui haviam apenas indícios das ilegalidades praticadas pelo Delegado, a partir deste último episódio o ABUSO DE AUTORIDADE, a ARBITARIEDADE, a PERSEGUIÇÃO PESSOAL, o DESVIO COMPORTAMENTAL e ÉTICO do Delegado Paulo Cassiano, torna-se EVIDENTE. De acordo com o conceituado advogado criminalista, Dr.PAULO RAMALHO, que me representa nesta ação, o delito de quadrilha, é de natureza habitual, que a rigor, IMPEDE A LAVRATURA DO FLAGRANTE, eis que este materializa apenas o momento - daí porque o flagrante ser conceituado como a "certeza habitual do crime", uma vez que não é possível ao flagrante dar certeza sobre a prática dos atos pretéritos, que conjugados, formam a habitualidade delituosa. Mesmo que ainda fosse possível o flagrante no delito de quadrilha, seria ABSURDO e DISPARATADO conceber-se prisão em flagrante, de apenas DUAS PESSOAS, quando a lei exige pelo menos QUATRO. Dr Paulo Ramalho citou na representação feita, em face do Delegado Chefe da Polícia Federal, Dr Paulo Cassiano, num EXEMPLO PURAMENTE DIDÁTICO, e retomando aos tempos em que o adultério se constituia em crime, o que fez o Delegado, prendendo a mim e o Alexandre em flagrante por um crime que exige no mínimo quatro pessoas, corresponderia a prender-se em flagrante por adultério, uma mulher na companhia APENAS do seu travesseiro. Considera também o meu advogado, INACREDITÁVEL o ocorrido e revela que a PRISÃO EM FLAGRANTE foi ARBITRÁRIA, ILEGAL, ESTÚPIDA e que a conduta do Delegado é merecedora de exemplar repressão legal. Nas várias ENTREVISTAS concedidas à Imprensa, o Delegado OMITIU que o TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL havia NEGADO a minha prisão temporária e de acordo com o ENTENDIMENTO que melhor lhe atendeu, prendendo a mim e ao Alexandre Rosa, apenas DOIS, em flagrante, pelo delito de quadrilha, quando a Lei exige, no mínimo, QUATRO. No dia 06 de outubro, justamente na VÉSPERA DO PLEITO, como convinha a quem pretendia influir no resultado eleitoral, o Delegado deu estrondosa entrevista ao jornal "O Diário" (meio de comunicação que todos sabem do controle que Garotinho exerce) e declarou: "VÍNHAMOS TENTANDO prendê-la (referindo-se a mim) em flagrante pelo crime eleitoral, mas como NÃO TIVEMOS OPORTUNIDADE, TIVEMOS que prendê-la em flagrante pelo crime de quadrilha", deixando evidente o ABUSO DE AUTORIDADE e o desvio de finalidade da sua ação, e confessou expressamente seus desmandos e malfeitos. Os fatos expostos, nos levam a crer que o Dr. Paulo Cassiano desviou-se deliberadamente das suas funções policiais, engajando-se no processo político eleitoral da cidade, colocando seu cargo e sua função a serviço dos interesses do Deputado Federal Garotinho e meus adversários, na busca de vencer o pleito local, que se tivessem sido vencedores, assumiriam a prefeitura de um município relevante, de notório futuro de desenvolvimento econômico e de negócios empresariais, circunstâncias que, atraem toda sorte de aventureiros e espoliadores do erário público, cujos frutos, devem retornar a população local e NUNCA a assaltantes dos cofres públicos, ainda que eventualmente mascarados, de representantes do povo. Ainda no dia 06, sábado, véspera da eleição, Dr. Paulo Cassiano, ignorando a função de um inquérito policial, que é apurar materialidade e indicio de autoria, transmudando-se em falso juiz, passou a população um leviano juízo de condenação, no dia anterior ao pleito, nas Rádios Band Fm e Grussaí FM(comunitária), mostrando o seu engajamento no processo político eleitoral local, emitindo um leviano juízo de condenação, com nítido abuso de autoridade, diante a constatação da derrota iminente, e no desespero e angústia que costuma acometer os derrotados nas vésperas de suas quedas. Com todo o ocorrido que acabei de expor, foi demonstrado e RECONHECIDO pelo povo da minha terra, a minha LEALDADE, ÉTICA e COMPROMISSO, e foi dado a NECO e ALEXANDRE, uma EXPRESSIVA VITÓRIA no pleito, obtendo 62 por cento dos votos. A conduta do Dr. Paulo Cassiano serve como PÉSSIMO exemplo de autoridade pública, maculando com o seu comportamento, princípios da moralidade, legalidade e impessoalidade, porque pôs seu cargo e sua função a serviços de interesses eleitorais. Pelo relatado, pela minha INDIGNAÇÃO e SOFRIMENTO, pelo constrangimento que este senhor me impôs, estive em estive em BRASÍLIA, com o excelentíssimo Sr. Ministro de Estado da Justiça Federativa do Brasil, Dr.JOSÉ EDUARDO CARDOSO, a quem relatei e encaminhei a representação em face do Delegado Paulo Cassiano, solicitando as sanções cabíveis. POR HORA, me ative a conduta do delegado, que violou todos os preceitos da legalidade, executando a minha prisão de forma arbitrária, mas estarei ESCLARECENDO todos os fatos ocorridos e que foram VERGONHOSAMENTE manipulados e utilizados por ele, para atingir a sua finalidade e a dos meus adversários, de forma PERSEGUIDORA e ESPÚRIA. E para terminar, como alguém que VERDADEIRAMENTE acredita e teme a Deus, tenho a confiança de que a VERDADE prevalecerá, é uma questão apenas, de TEMPO.
Redação

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