Com base na declaração de óbito do Instituto Médico Legal (IML/Campos), a delegada titular da 145ª Delegacia Legal (DL/São João da Barra), Madeleine Farias, afirmou que a funcionária pública da Prefeitura de Italva Adriana Silva Aguiar, 33 anos, foi enterrada viva. Insuficiência respiratória por obstrução das vias aéreas e asfixia por aspiração de conteúdo arenoso foi a causa morte. Ela estava desaparecida desde o dia quatro e seu corpo encontrado enterrado em Grussaí-SJB.
O corpo de Adriana foi sepultado no final da tarde no Cemitério Waldir Sepúlveda, em Cardoso Moreira, onde ela morava. Familiares, amigos e colegas de trabalho estavam abalados. Ainda ontem a Justiça expediu mandado de prisão contra Fernando Faria Negrin, 42, colega de trabalho de Adriana e suspeito do crime.
Os peritos legistas do IML tiveram dificuldades para identificar o corpo. Devido ao estado de decomposição, não teve como pegar as digitais e foi necessária a ajuda do dentista dela para exame de arcada dentária.
Na quarta-feira (17), a delegada esteve com Fernando no Hospital Ferreira Machado (HFM), onde permanece internado em observação, após cortar o próprio pescoço. Ele disse que tinha uma relação amorosa com a vítima e que ela o pressionava a largar a família. “Segundo ele, na casa em Grussaí os dois discutiram e ela partiu pra cima dele com uma faca. Ele então a teria asfixiado e, pensando que ela estivesse morta, a enterrou nos fundos da residência”, contou.
Investigação continua. vítima temia morrer
De acordo com a delegada Madeleine, ainda está sendo investigado se Fernando cometeu o crime premeditadamente. Também não foi descartada a a possibilidade de o suspeito ter recebido ajuda de outra pessoa, ou que tenha praticado o crime a mando de alguém. Outras pessoas prestarão depoimentos nos próximos dias, entre elas, o marido de Adriana e a companheira de Fernando.
A advogada Kênia Rodrigues Quintal, amiga da vítima, disse que Fernando teria dado várias pistas falsas para a família. “Ele disse que ela teria ido para a Bahia; depois afirmou que ela estaria num prostíbulo, tentando denegrir a imagem de Adriana”, disse a advogada, declarando que a amiga era muito religiosa e tinha muito apego à família e ao filho de 12 anos. “Para mim, só um psicopata pode fazer o que ele fez e depois agir friamente, fingir ajudar a família dela após enterra o corpo de uma pessoa que era colega de trabalho dele. Espero que a justiça seja feita”, desabafou. Ainda segundo Kênia, dias atrás ela encontrou em seu celular 18 chamadas perdidas de Adriana. A advogada retornou às ligações e a amiga teria contado que estava sofrendo ameaças. “Eu perguntei a ela o que estava acontecendo, quem a estava ameaçando, mas Adriana disse que não podia falar por telefone e que estava correndo o risco de ser assassinada”.
Suspeitas de familiares
Para um dos irmãos de Adriana, Luciano da Silva Aguiar, de 21 anos, as atitudes de Fernando eram suspeitas desde o início. Segundo ele, no último sábado (13) Fernando teria prestado solidariedade à família, mas aparentava muito nervosismo. “Fiquei irritado, pois já estávamos desconfiando dele. Ele estava sempre ali, falando um monte de mentiras e começamos a desconfiar, pois as histórias dele eram contraditórias”, destacou Luciano, acrescentando que outra irmã estava construindo uma casa em Italva e que Fernando estaria dando orientações à vítima na construção.Fonte O Diario
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