sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SERVIDORA DE ITALVA FOI ENTERRADA VIVA



  • Corpo da funcionária pública Adriana Aguiar foi sepultado em Cardoso Moreira
Corpo da funcionária pública Adriana Aguiar foi sepultado em Cardoso Moreira
Com base na declaração de óbito do Instituto Médico Legal (IML/Campos), a delegada titular da 145ª Delegacia Legal (DL/São João da Barra), Madeleine Farias, afirmou que a funcionária pública da Prefeitura de Italva Adriana Silva Aguiar, 33 anos, foi enterrada viva. Insuficiência respiratória por obstrução das vias aéreas e asfixia por aspiração de conteúdo arenoso foi a causa morte. Ela estava desaparecida desde o dia quatro e seu corpo encontrado enterrado em Grussaí-SJB.
O corpo de Adriana foi sepultado no final da tarde  no Cemitério Waldir Sepúlveda, em Cardoso Moreira, onde ela morava. Familiares, amigos e colegas de trabalho estavam abalados. Ainda ontem a Justiça expediu mandado de prisão contra Fernando Faria Negrin, 42, colega de trabalho de Adriana e suspeito do crime.
Os peritos legistas do IML tiveram dificuldades para identificar o corpo. Devido ao estado de decomposição, não teve como pegar as digitais e foi necessária a ajuda do dentista dela para exame de arcada dentária.
Na quarta-feira (17), a delegada esteve com Fernando no Hospital Ferreira Machado (HFM), onde permanece internado em observação, após cortar o próprio pescoço. Ele disse que tinha uma relação amorosa com a vítima e que ela o pressionava a largar a família. “Segundo ele, na casa em Grussaí os dois discutiram e ela partiu pra cima dele com uma faca. Ele então a teria  asfixiado e, pensando que ela estivesse morta, a enterrou nos fundos da residência”, contou.
Investigação continua. vítima temia morrer
De acordo com a delegada Madeleine, ainda está sendo investigado se Fernando cometeu o crime premeditadamente. Também não foi descartada a a possibilidade de o suspeito ter recebido ajuda de outra pessoa, ou que tenha praticado o crime a mando de alguém. Outras pessoas prestarão depoimentos nos próximos dias, entre elas, o marido de Adriana e a companheira de Fernando.
A advogada Kênia Rodrigues Quintal, amiga da vítima, disse que Fernando teria dado várias pistas falsas para a família. “Ele disse que ela teria ido para a Bahia; depois afirmou que ela estaria num prostíbulo, tentando denegrir a imagem de Adriana”, disse a advogada, declarando que a amiga era muito religiosa e tinha muito apego à família e ao filho de 12 anos. “Para mim, só um psicopata pode fazer o que ele fez e depois agir friamente, fingir ajudar a família dela após enterra o corpo de uma pessoa que era colega de trabalho dele. Espero que a justiça seja feita”, desabafou. Ainda segundo Kênia, dias atrás ela encontrou em seu celular 18 chamadas perdidas de Adriana. A advogada retornou às ligações e a amiga teria contado que estava sofrendo ameaças. “Eu perguntei a ela o que estava acontecendo, quem a estava ameaçando, mas Adriana disse que não podia falar por telefone e que estava correndo o risco de ser assassinada”.
Suspeitas de familiares
Para um dos irmãos de Adriana, Luciano da Silva Aguiar, de 21 anos, as atitudes de Fernando eram suspeitas desde o início. Segundo ele, no último sábado (13) Fernando teria prestado solidariedade à família, mas aparentava muito nervosismo. “Fiquei irritado, pois já estávamos desconfiando dele. Ele estava sempre ali, falando um monte de mentiras e começamos a desconfiar, pois as histórias dele eram contraditórias”, destacou Luciano, acrescentando que outra irmã estava construindo uma casa em Italva e que Fernando estaria dando orientações à vítima na construção.Fonte O Diario 

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