terça-feira, 23 de outubro de 2012

CADA VEZ MAIS VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


Três mulheres assassinadas em menos de uma semana na região

Vagner Basílio / Arquivo
Segundo o Creas-Mulher, em um ano foram registrados 540 casos

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A violência contra mulheres tem assustado a população de Campos e região. Em menos de uma semana três vítimas foram assassinadas. Segundo dados do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas-Mulher 3), de setembro de 2011 à setembro de 2012 foram registrados 540 casos, que ainda estão em acompanhamento.

Na última quarta-feira (17/10) o corpo da funcionária pública Adriana Silva Aguiar, de 33 anos, foi encontrado enterrado na casa de Fernando Negrin, 42 anos, amigo dela. Ele confessou que enforcou a vítima com as próprias mãos.
Segundo a delegada de São João da Barra, Madeleine Farias, o suspeito alegou que os dois tiveram uma briga corporal e a vítima teria tentado agredi-lo com uma faca. Há suspeitas que Adriana teria sido enterrada viva.


Em outro caso, uma mulher negra, não identificada, foi encontrada no sábado (20/10), às margens da estrada que liga Goitacazes a Cambaíba. Segundo a Polícia Militar, o autor do crime teria colocado um pneu em cima do corpo e em seguida ateado fogo. Havia pedaços de cabelo agarrados no arame farpado onde o corpo foi queimado. 
A violência que não para, fez mais uma vítima. Nesta segunda-feira (22/10), outra  mulher foi morta. Desta vez no distrito de Travessão, em Campos. Fernanda Karine Silva Rodrigues, 31 anos, foi assassinada com um tiro, no portão da própria casa. Há informações de que dois homens em uma moto teriam efetuado os disparados contra Fernanda
“Cada vez que casos como estes acontecem ficamos preocupados. A violência contra a mulher tem crescido, e não só de forma física, mas psicologicamente”, afirma a diretora do Departamento Proteção Social Especial, Anne Caroline Cardoso, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas-Mulher 3). 
Na maioria dos casos, a violência é provocada pelos próprios companheiros. “Por mês recebemos de 30 a 40 novos casos. Os maridos são os principais agressores. Um ato covarde que, quando não leva a morte, traz danos psicológicos absurdos”, conclui Anne.
CREAS-MULHER
O Creas-Mulher foi inaugurado no ano passado com assistentes sociais, psicólogos e advogados que realiza um trabalho multidisciplinar, para ajudar as mulheres vítimas de agressões.
O órgão fica na Rua Primeiro de Maio, 39, Centro. O atendimento é de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h.
Ururau

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